sábado, 17 de julho de 2010
sexta-feira, 16 de julho de 2010
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Que a força do medo não me impeça de ver o que anseio
Que a morte de tudo em que acredito não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito, e a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que amo seja para sempre amada mesmo que distante
Porque metade de mim é partida, a outra metade é saudade.
Que as palavras que falo não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço, a outra metado é o que calo.
Que a minha vontade de ir embora se transforme na calma e paz que mereço
Que a tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que penso, a outra metade um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste
E o convívio comigo mesmo se torne o menos suportável
Que o espelho reflita meu rosto num doce sorriso que me lembre ter dado na infância
Porque metade de mim é a lembrança do que fui, a outra metade não sei.
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria para fazer me aquietar o espírito
Porque metade de mim é abrigo, a outra metade é cansaço.
Que a arte me aponte uma resposta que ela mesma não saiba
E que ninguém a tente complicar, porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer
Porque metade de mim é plateia, a outra metade é canção.
Que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor, e a outra metade também.
quarta-feira, 14 de julho de 2010
terça-feira, 13 de julho de 2010
segunda-feira, 12 de julho de 2010
no mesmo instante boca milvalente
o corpo dois em um o gozo pleno
Que não pertence a mim nem te pertence
um gozo de fusão difusa transfusão
o lamber o chupar o ser chupado
no mesmo espasmo
é tudo boca boca boca boca
sessenta e nove vezes boquilíngua.