sábado, 10 de setembro de 2011
...A SECRETA VIAGEM
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbzUkxl47Ta4lZk-AugdQnvt5cchK2pIzx7mlDRnEQcK314BisxQqLVNiGUEbeYgPiZghwJn-4yhB7mOgL5jX5YR1RAjkLcH_OPxgYbncnDa6jwPc2icyIvK3V1bC2Ad5KrLIHWuDDua33/s400/surreal_art_111.jpg)
No barco sem ninguém ,anónimo e vazio,
ficámos nós os dois, parados, de mão dada ...
Como podem só os dois governar um navio?
Melhor é desistir e não fazermos nada!
Sem um gesto sequer, de súbito esculpidos,
tornamo-nos reais, e de maneira, à proa...
Que figuras de lenda! Olhos vagos,perdidos...
Por entre nossas mãos , o verde mar se escoa...
Aparentes senhores de um barco abandonado,
nós olhamos, sem ver, a longínqua miragem...
Aonde iremos ter?- Com frutos e pecado,
se justifica, enflora, a secreta viagem!
Agora sei que és tu quem me fora indicada (o).
O resto passa, passa...alheio aos meus sentidos.
Desfeitos num rochedo ou salvos na ensseada,
a eternidade é nossa, em madeira esculpidos!
ficámos nós os dois, parados, de mão dada ...
Como podem só os dois governar um navio?
Melhor é desistir e não fazermos nada!
Sem um gesto sequer, de súbito esculpidos,
tornamo-nos reais, e de maneira, à proa...
Que figuras de lenda! Olhos vagos,perdidos...
Por entre nossas mãos , o verde mar se escoa...
Aparentes senhores de um barco abandonado,
nós olhamos, sem ver, a longínqua miragem...
Aonde iremos ter?- Com frutos e pecado,
se justifica, enflora, a secreta viagem!
Agora sei que és tu quem me fora indicada (o).
O resto passa, passa...alheio aos meus sentidos.
Desfeitos num rochedo ou salvos na ensseada,
a eternidade é nossa, em madeira esculpidos!
Etiquetas:
David Mourão Ferreira,
Foto net
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
|||
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_GpZ7sbyhMsAsRvUJQvDaSttRErcn1ZUKCtiQ-itdvLB1XVMP2kxggNY93wMaXi6MeOShFIsfTgp5sJPtX72ZsPks7SNR0sWYePuQkaOh1_7gUkg8-Uo2iAh5NBbzKrkUkMod7bhM0gMw/s400/i+love.bmp)
Na Ásia- local de origem das cerejeiras- a cereja representa a castidade feminina e a pureza do amadurecimento da fruta. Uma vez arrancada, no entanto, a cereja representa a perda da inocência e da virtude. Uma cereja provada, sua carne perfurada pelo apetite, não é mais virgem. Cerejas em calda falam do desejo insaciável, paixão e luxúria.
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgR4E-J1XTZWPtBoAwNMjbUc038WYHQjJbYHgpcLUKzZrgMzAhUHpGlUbERFDQlnq2gjbK3dMNc7_ay6rECko9Blb4vEoVnFuryokfU391vCVZV4KASyoO-NhPeTNmzmBAJsCRez94gPnd3/s400/5fb3a27da2a7fcd0c8a0bd54f449bba7_web.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijSETuTdrR3bAvpukOO2YQcbWGrKcy8AW__AUKyev6MUthTRnVWW10c5Cg-mmWzOEsb_aLlnO6fzA2ieMRzzHIGfz3vpL4wMZ_sXaK2I8skh3OtmRx961C3vwBA2D5-Bjv5JzGL0g9Jrii/s400/0fba526a2805b273769869ed80f49369_web.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcH_zw-NTmrqhEP37oGKlBmzDLBn8Aw5ClQs1avlw3wjJUVsd5wk2WbHZjSxur_RjgRqCWZYuYqn_uExMCd-NcXnsXUc-1r3ClIzSKDzIhek8kAr5bsA7B0_rXSEfAXKKFaK_lhknMi9QK/s400/9e7c41525a8a6001b36cccd21ee9155e_web.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTN3ffwdj0WhgD1ptxJYPbABHGBXNBQGexQJtwhFzbKogVOWWShyphenhyphenlCbCcIERIWFqv_-FLA9gpmA6O6zUgCvSp1SpBbOyM1cYfO1iBVi23JjS277WqoEljZvMUQ98eg3m7RAHyfDEacW0Fy/s400/72b1e2fcb635a44836b33a369e4072b4_web.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKegPgtH8z-kShqZadf71WwxT93_tMBFLN2G4qKTe9q4OSuw4sJwYKRDbJBBBRjAvsCUFArGubLTX9cWtmOlh7PB57EaOmssbgZ8G_1wYewskbLmhQgScegSZCHSrX4RxztbBD2UBVYDHn/s400/072ee93bc39811a37d9bc5609d4e0d90_web.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvlgzzjbG9kAytibKLMAQ68nt-5k1IT2P_TvaQiPvTJqdyIuG5MqH2_WPkWLW_HfnSY-6y3SyytpYQ13LgbrCyKi1JVfc4JkD9ah4Ty4DqA5NHwqLmvRhfLDrl-UJV4Ew9ro8_PTqNiIcW/s400/545f42a1b25e356a5743509ce100085f_web.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgh9MIb7vGxsZqatXDRDDHJdhP3lh0BTLCbq6e_QH5_FHOJd33ROrs8wINevunQIMNGpu1XSzIHA4advOjtvGyl_IW1YeMNBJ0teN0Akz2YS3dIweDOqTyWqs-FWBg8Ge_0MU3CgmFZtzr4/s400/a3653103781abb3e1b97f6c205978007_web.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-dc5D8xheGHESnC0-cSnB77K8ErlNUGw5X2s0eBkqDQ7lZ7ZA1qrv9A7A9rGDBRRtmtJkadfvNSEnmQJ4FDRJW09wNidLP10OrogrFT7d-xuvPdcI6IIaNBDGSsiuIfv_ppeC4peOllA8/s400/e4982f672750e6b532b108aa60965b6e_web.jpg)
Em que reino, em que século, sob que silenciosa
Conjunção dos astros, em que dia secreto
Que o mármore não salvou, surgiu a valorosa
E singular idéia de inventar a alegria?
Com outonos de ouro a inventaram.
O vinho flui rubro ao longo das gerações
Como o rio do tempo e no árduo caminho
Nos invada sua música, seu fogo e seus leões.
Na noite do júbilo ou na jornada adversa
Exalta a alegria ou mitiga o espanto
E a exaltação nova que este dia lhe canto
Outrora a cantaram o árabe e o persa.
Vinho, ensina-me a arte de ver minha própria história
Como se esta já fora cinza na memória.
Conjunção dos astros, em que dia secreto
Que o mármore não salvou, surgiu a valorosa
E singular idéia de inventar a alegria?
Com outonos de ouro a inventaram.
O vinho flui rubro ao longo das gerações
Como o rio do tempo e no árduo caminho
Nos invada sua música, seu fogo e seus leões.
Na noite do júbilo ou na jornada adversa
Exalta a alegria ou mitiga o espanto
E a exaltação nova que este dia lhe canto
Outrora a cantaram o árabe e o persa.
Vinho, ensina-me a arte de ver minha própria história
Como se esta já fora cinza na memória.
Etiquetas:
fotos net,
Jorge Luis Borges
terça-feira, 6 de setembro de 2011
.
(¯`*•.¸(¯`*•.¸..♥..¸.•*´¯)¸.•*´¯)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPHRLypALcXyjrEsuKiymF15XfQkpMXxK9bHX4WK_CNiKbXuXQIyzA1P5fTPRF8L0-9lcOI-gTAAhXhjJHnTvemQngvKcbdWF6EQbB78_HPv2U9zlGQ-_2AJ_ESjrWkO7nEUUw73R_NAiH/s400/unicorns_in_snow.jpg)
Tu és a esperança, a madrugada.
Nasceste nas tardes de setembro,
quando a luz é perfeita e mais dourada,
e há uma fonte crescendo no silêncio
da boca mais sombria e mais fechada.
Nasceste nas tardes de setembro,
quando a luz é perfeita e mais dourada,
e há uma fonte crescendo no silêncio
da boca mais sombria e mais fechada.
Para ti criei palavras sem sentido,
inventei brumas, lagos densos,
e deixei no ar braços suspensos
ao encontro da luz que anda contigo.
inventei brumas, lagos densos,
e deixei no ar braços suspensos
ao encontro da luz que anda contigo.
Tu és a esperança onde deponho
meus versos que não podem ser mais nada.
Esperança minha, onde meus olhos bebem,
fundo, como quem bebe a madrugada.
meus versos que não podem ser mais nada.
Esperança minha, onde meus olhos bebem,
fundo, como quem bebe a madrugada.
Etiquetas:
Eugénio de Andrade,
Foto net
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Subscrever:
Mensagens (Atom)