sábado, 24 de maio de 2008



porque
tenho uma Saudade
um arfar que não pára
um vontade de estar
um sentir sem ver

porque
a garganta prende
e o olhar se enche
de um mar imenso
quente e salgado

porque gosto de ti


sexta-feira, 23 de maio de 2008

PORQUÊ???


Porquê tanto me fazes sofrer, se eu te quero fazer feliz...
Porquê tanto desconfias de mim, se eu só penso em tí....
Porquê tanto raiva e rancor, se o meu coração está cheio do mais puro amor...
Porquê tantas palavras ruins saem da mesma boca que saem palavras tão doces...
Porquê não me olhas nos meus olhos, se olhando nos meus olhos verás a pureza da minha alma...
Porquê dizes que eu não tenho hipótese se eu não te consigo esquecer....
Porquê, eu me pergunto.
Mas as respostas não chegam...
Porquê???
Porquê???
Porque meu coração está transbordando de PORQUÊS???
sim porque sim
sim porque gosto de ti
sim porque te quero muito
sim porque não vou desistir
sim és especial

quinta-feira, 22 de maio de 2008


À noite, é triste a cantilena
Que acalenta o meu aconchego
E restitui o meu sossego.
Se, ao longe, a melodia acena,
Perto, em mim, a paixão serena.
Espero-te, sim, do meu jeito.
Estou só. A derrota aceito.
Permiti que tomasses conta
De minh´alma. Agora estou tonta.
Vazio cativo em meu peito.

Mardilê Friedrich Fabre

É no coração do homem que reside o princípio e o fim de todas as coisas

Tolstoi

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Musa do Anonimato

Onde estás Musa divina,
De verbo agradado,
Bondade felina
E rosto tapado?
Onde está essa mulher?
Perdida na Maresia?
Eternamente, como quer?
Tal como nos dizia?
Mulher que tem vestida
A sombra do anonimato
Saudando cada investida
Com elegante trato.
Mulher que não confirma
Os factos da narrativa,
Aos quais, no que afirma
Com subtileza, se esquiva.
Mulher que se escuda
Na desigualdade
Da ave: desnuda
Nesta intimidade.
Mulher que consente
Na boa amizade,
Contudo pressente
Infelicidade?
Mulher que imagino
Quem pudesse ser:
De olhar tão divino
De se embevecer...
A que não me conta
Nem retira a manta,
Mas que me aponta,
Me aguça e me espanta.
Onde está Musa divina
Dos mistérios do amor?
Perdida entre a colina
E a Casa de um trovador?
Ou presa na segurança
Dum parceiro incrustado
De malícias e pujança
Com que a tem tratado?
Onde está essa mulher
Que não sabe aquilo que perde?
Anonimato. É o que quer?
Um Pássaro que não enxergue?
Presa na retina
Dum Pássaro errante
Navega, divina,
Num mar diletante.
Na luz que alucina
A própria lucidez
Brilhas, cristalina,
Mais do que uma vez!
(autor desconhecido)

terça-feira, 20 de maio de 2008


Hoje os medos... as incertezas que batalham para se tornarem em certezas... não conseguem invadir o meu espaço... Apenas a esperança, o sonho entrarão...Sonhar é imenso, mas um sonho nunca é enorme... Por maior grandeza que tenha o nosso sonho, poderemos sempre sonhar em maior escala ainda... O sonho não tem limites... Nunca é excessivo... Nunca é o maior...Eu sonho em ir à imensidão do céu e conhecer a nuvem certa... Aquela bem branquinha... Bem fofinha... Aquela que nunca me trará chuva nem trovoada... Sonho em ir ao enorme oceano e encontrar a mais bela praia... A praia escondida naquela ilha desconhecida... Sonho descobrir no infinito universo aquela estrela... a minha estrela... Pois sei que quando a encontrar ela nunca deixará de me brilhar... De me fazer brilhar...E acredito que as conseguirei encontrar... Pois já consegui encontrar algumas... Já tenho na minha vida nuvens íncriveis... Praias paradisíacas... Estrelas super brilhantes...Vou continuar a minha viagem... Vou continuar o meu voo... Comigo levo o imenso brilho das estrelas que já me iluminam... No coração a esperança de A ESTRELA encontrar... Sei que estás aí... eu sinto-o... O mapa?! Não existe mapa para tesouro tão extraordinário... tão raro... Me guiarei pelo meu coração...
"Your heart is free, have the courage to follow it..."


BOM DIA PARA TI


O que eu sinto por você?
Desejo ou Atracção?
Fascinação ou Paixão?
Não sei...
Desejo?
Sim, quero você.
Atracção?
Sim, você é diferente de tudo o que conheci.
Paixão?
O que é paixão?
Querer alguém do nosso lado, querer ver, estar,
sentir esse alguém, querer sentir o sabor
de tua boca, a magia do toque de tuas mãos ,
querer no meu corpo teus limites e sentir você...

Se isso tem alguma coisa a ver com paixão,
acho que posso dizer que estou apaixonada
por Você!!!

segunda-feira, 19 de maio de 2008

AMOR – ódio – indiferença


Para odiar alguém, precisamos reconhecer que esse alguém existe e que nos provoca sensações, por piores que sejam. Para odiar alguém, precisamos de um coração, ainda que frio, e raciocínio, ainda que doente. Para odiar alguém gastamos energia, neurónios e tempo. Odiar nos dá fios brancos no cabelo, rugas pela face e angústia no peito. Para odiar, necessitamos do objecto do ódio, necessitamos dele nem que seja para dedicar-lhe nosso rancor, nossa ira, nossa pouca sabedoria para entendê-lo e pouco humor para aturá-lo. O ódio, se tivesse uma cor, seria vermelho, tal qual a cor do amor.Já para sermos indiferentes a alguém, precisamos do quê? De coisa alguma. Não julgamos seus actos, não observamos seus modos, não testemunhamos sua existência. Ela não nos exige olhos, boca, coração, cérebro: nosso corpo ignora sua presença, e muito menos se dá conta de sua ausência. A indiferença, se tivesse uma cor, seria cor da água, cor do ar, cor de nada.Daí o estado de ansiedade, a procura, o estar onde ainda não se esteve e com quem que ainda não se viu, a insatisfação por fim.

domingo, 18 de maio de 2008


Teimosia, temperamento forte e insegurança. É disto que me acusas, analiso as coisas friamente, tenho um software mental específico, não consegues entender esta formatação de pensamento, continuas a acusar. Sim , ciência foi sempre o meu ramo, aliás não nasci para as letras.
Eu nego quando me dizem que eu vejo problemas onde não há problemas. Pois se não está como eu gostaria que estivesse, é um problema. Concreto. Algo que não invento, que pode ser abstracto, mas pesa como concreto quando cai em cima de mim. Então é real. Não é teimosia, não é por temperamento, não é por insegurança... Eu nego. E mais um monte de coisas. Não é tudo tão simples. Não é tudo tão prático. Não é tudo tão fácil. Não sou eu que complico as coisas. Não é que analise as coisas friamente, não é que perca pouco tempo a poetizar. É vontade, é desejo, é querer. Eu só sei que quero. E não, isso não é teimosia. Tem coisas que simplesmente são inerentes a nós mesmos. E isso dói, corrói por dentro. Não! Não é insegurança. É constatação, é facto. A vida nunca é o que parece. Nisso eu concordo. Mas se é minha, quero exactamente como eu quero.


As coisas andam tão estranhas, tão inconstantes e tão imprevisíveis que nunca sei o que vai acontecer em seguida...
Esse suspense todo me deixa louca... Porque se há uma coisa que eu odeio, é não saber o que esperar e não saber o que fazer...
Então ela voltou. Com tudo, sem pedir licença, sem perguntar se eu a queria novamente na minha vida. Entrou como um furacão, para me fazer enfiar o dedo na ferida, ver o que nem está cicatrizado sangrar. Fez-me perder em devaneios, ficar contando as horas, os minutos... Entrar num ciclo de pensamentos, entrar na onda da imaginação, as piores imaginações que alguém poderia ter. Quando o que mais queria era dormir, ela volta, como para me dizer que paz é algo distante para mim no momento. A insônia, aquele fantasma que me acompanha por vários anos, está aqui ao meu lado novamente. Como se eu já não tivesse fantasmas suficientes a me perturbar! Como se minha mente já não fosse o bastante para criar cenas a me torturar...Dizem que a dor passa... E eu, com muito esforço, até consigo acreditar nisso... Mas eu queria mesmo saber é quando passa? Quando pára de doer, quando os meus pensamentos vão parar de fugir de mim e vão parar de ficar divagando, imaginando, quando vou parar de ficar me torturando com isso...Quando os meus sonhos desmoronados, vão ser só novos sonhos... Quando essa dor que me oprime o peito e me faz sentir pequena, me faz sentir inerte, me diminui... Quando ela vai embora? Queria saber onde foi parar meu orgulho, onde foi parar meu amor próprio, a minha auto-estima... Onde se esconderam? Como faço para tê-los de volta? Porque não consigo parar de me perguntar onde foi que eu errei? Porque não consigo parar de me culpar? Porque os "ses" estão me perseguindo?? Queria saber como é que se esquece! Porque talvez esquecendo eu possa realmente seguir em frente...