sábado, 10 de maio de 2008

O ciúme, em princípio, é um sentimento tão natural ao ser humano como qualquer outro. Nós sempre fomos assaltados por este sentimento em algum momento da vida, diferem apenas suas razões e as emoções que sentimos. Como todo sentimento, tem seu lado positivo e seu lado negativo. Nos relacionamentos onde os sentimentos de ciúme são moderados e ocasionais, ele ajuda a colorir a relação. Ciúme potencializa as emoções, fazendo o amor se sentir mais forte e o sexo mais apaixonado. Em doses pequenas e manejáveis, ciúme pode ser um estímulo positivo num relacionamento. O ciúme nem sempre é bem interpretado. Culpa do próprio que não se faz entender mas também responsabilidade dos que não sabem ser amados. Embora o ciúme mau e doentio mine relacionamentos amorosos e muitas vezes os destrua, isso não implica que ignoremos a existência de um ciúme bom ou natural que encontramos no amor e na amizade. Algumas vezes, sem que possamos perceber, cresce no nosso interior, a partir de um ressentimento ou de uma suposta rivalidade, o sentimento de ciúme. Isto oprime a harmonia e a saúde de nossos relacionamentos.Uma insatisfação, aparentemente sem motivos, toma conta da pessoa que acredita, ainda que não seja verdade, estar perdendo a atenção e o carinho. Quando o ciúme toca os relacionamentos, qualquer coisa poderá ser motivo para alimentar um espírito de competição e de disputa. Com isso, a pessoa que era dócil, compreensiva e companheira, torna-se áspera, agressiva nas respostas e pouco solícita. Isto, certamente poderá destruir uma convivência que anteriormente era saudável. Penso que tal sentimento poderá surgir quando a pessoa envolvida por um medo equivocado, acredita ser menos amada, não ter a mesma preferência de antes ou suspeita da possibilidade de ser privada daquilo que valoriza profundamente. Infelizmente, por essas atitudes, estará instalada em nossos relacionamentos a grande sombra da inquietação, potencializada pela insegurança que insistirá em assombrar a nossa paz de espírito. Ainda que possamos sentir, em alguns momentos, uma pequena dose de ciúmes, é necessário aprender a lidar com as nossas inseguranças.
O amor verdadeiro traz a cumplicidade e o compromisso pela felicidade mútua.


" Quando não consegues vislumbrar a alma de alguém, experimenta afastar-te e depois regressar"
(Pasternak)

Ele deve ter razão, mas quem consegue?

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Estranhos sentimentos de culpa que sinto,
Não sou compreendida nem mesmo por mim,
Amar é difícil, sofrer, nem tanto,
Muitas vezes esmagada pelo meu próprio desejo.

Minha insanidade me livra do medo
Meus sentimentos me causam mais dor

É fácil chorar pois estou insegura,
Dói libertar de toda essa angústia,
O tempo leva o sentimento e tudo que é concreto,
Sombras que trazem lembranças!
Vem, Serenidade!
vem cobrir a longa fadiga
vem sarar as feridas
vem dar alento a este ser
Vem, Serenidade
antes que a cólera
antes que a revolta
antes que a raiva
tomem conta de mim
Vem, Serenidade e defende-me
do engano silencioso de pensamentos
faz-me esquecer
os olhos que se deixaram amar
os lábios que se deixaram beijar
o corpo que não é meu
Vem, Serenidade
com o poder das ondas
com o cheiro das flores
com a paz do luar
com a luminosidade do sol
Vem, Serenidade
e faz com que consiga dar a ver a luz
em desfavor da escuridão

(Raul de Carvalho)

quinta-feira, 8 de maio de 2008

As lágrimas

que caem dos meus olhos

são como folhas tombando

de uma árvore no outono.

Perceptível para quem está próximo,

mas insignificante para o mundo.


Gato preto é mau agoiro.

quarta-feira, 7 de maio de 2008


Quando me apaixonei, não pude escolher quem seria
Nem pude perceber que um dia eu sofreria.
Como gostaria que me amasses como eu te amo
Mas não adianta eu viver só sonhando.
Alguns dizem que isso é amor passageiro
Já eu sinto que é amor verdadeiro.
Em toda a minha vida, nunca imaginei amar assim
Alguém que não sente o mesmo por mim.
Agora amar-te foi um erro, foi um erro te amar...
Mas eu erraria outra vez se acaso precisar.
Apesar de ter sofrido sem teu amor, sem tu me amares
Para mim, amor mais forte não existirá.
O amor que aprendi a sentir por ti
Fez algo muito forte, em mim crescer.
Se me deres uma chance para eu te amar
Te farei a mulher mais feliz, que haverá.
Mesmo amando sem tu me amares
Te amo, te amo sem parar.
Muitas cartas já te mandei
E mesmo sem respostas, não me cansei.
Tenho esperanças que um dia me vás amar de verdade

Quando o bicho ataca a madeira sã, nem com "cuprinol" vai ao sítio.

terça-feira, 6 de maio de 2008


Falta de inteligência, de juízo, de .............

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Fondue de Chocolate
Felicia Sampaio
Editora Culinária do Roteiro Gastronómico de Portugal

Ingredientes:
500 grs. de Chocolate para Culinária
200 grs. de natas
3 colheres (sopa) de conhaque
Canela em pó a gosto
Confecção:
Numa caçarola, coloque o Chocolate para Culinária partido aos bocados, e leve ao lume em banho-maria para derreter. Aromatize com o conhaque, junte as natas e a canela e misture. Ponha o Chocolate no rechaud (aparelho de fondue) e sirva com frutas da época: morangos, ananás, mangas, uva, maçãs, bananas, e pedaços de Pão-de-ló.

Estamos perante uma óptima ideia para um jogo de sedução a duas. Atrevo-me a convidar-te para degustares comigo estes poderosos afrodísiacos.

domingo, 4 de maio de 2008

As Cartas

Tu
Sabe o que mais nos apavora? Sentir
Cada vez mais temos medo de sentir, de amar, de partilhar. Resolvemos então viver de um modo sem sabor, uma passagem aqui outra ali... Grande vazio este irra! Vá apaixone-se!
Eu
Jamais desespere, mesmo perante as mais sombrias aflições da vida, pois das nuvens mais negras cai água límpida e fecunda. (Provérbio chinês)

Hoje até que elas estavam certas....................

Passa uma borboleta por diante de mim
E pela primeira vez no Universo eu reparo
Que as borboletas não têm cor nem movimento,
Assim como as flores não têm perfume nem cor.
A cor é que tem cor nas asas da borboleta,
No movimento da borboleta o movimento é que se move,
O perfume é que tem perfume no perfume da flor.
A borboleta é apenas a borboleta
E a flor é apenas flor.

Poema de Alberto Caeiro