sapatos XI e MEIAS XI
sábado, 15 de janeiro de 2011
SETE Maravilhas de Portugal
Autor(a) Franklin das Neves
Autor(a) suMol Laranja
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Monumento memorial da batalha de Aljubarrota e panteão régio, cuja construção teve início em finais do século XIV com o patrocínio de D. João I, o Mosteiro dominicano da Batalha é o mais significativo edifício do gótico português. As suas vastas dependências constituem hoje um excelente exemplo da evolução da arquitectura medieval até ao início do século XVI, desde a experiência inédita do tardo-gótico à profusão decorativa do manuelino.
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
=
Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
- depois, abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar
e o navio em cima do mar;
- depois, abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar
Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre de meus dedos
colore as areias desertas.
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre de meus dedos
colore as areias desertas.
O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um navio...
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um navio...
Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.
para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.
Depois, tudo estará perfeito;
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas.
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas.
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Cecília Meireles,
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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Xxx
A solidão é como uma chuva.
de planícies distantes e remotas
sobe ao céu, que sempre a guarda.
E do céu tomba sobre a cidade.
Cai como chuva nas horas ambíguas,
quando todas as vielas se voltam para a manhã
e quando os corpos, que nada encontraram,
desiludidos e tristes se separam;
e quando aqueles que se odeiam
têm de dormir juntos na mesma cama:
então, a solidão vai com os rios...
Xxx
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
flor de cacto
Não é o coração
mas esta carne
em seu rumor.
mas esta carne
em seu rumor.
Não é o coração
mas teu silêncio
de intenso furor.
mas teu silêncio
de intenso furor.
Não é o coração
mas as mãos
sem corpo, vazias.
mas as mãos
sem corpo, vazias.
Na grave melodia
de um instante
tu e eu
em desiquilíbrio
na infame
consistência
de um absoluto
obstáculo.
de um instante
tu e eu
em desiquilíbrio
na infame
consistência
de um absoluto
obstáculo.
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Ana Marques Gastão,
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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
@
A língua lambe as pétalas vermelhas
da rosa pluriaberta; a língua lavra
certo oculto botão, e vai tecendo
lépidas variações de leves ritmos.
da rosa pluriaberta; a língua lavra
certo oculto botão, e vai tecendo
lépidas variações de leves ritmos.
E lambe, lambilonga, lambilenta,
a licorina gruta cabeluda,
e, quanto mais lambente, mais ativa,
atinge o céu do céu, entre gemidos,
a licorina gruta cabeluda,
e, quanto mais lambente, mais ativa,
atinge o céu do céu, entre gemidos,
entre gritos, balidos e rugidos
de leões na floresta, enfurecidos...
de leões na floresta, enfurecidos...
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Carlos Drummond de Andrade,
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domingo, 9 de janeiro de 2011
Minha senhora de mim
Comigo me desavim
minha senhora
de mim
sem ser dor ou ser cansaço
nem o corpo que disfarço
Comigo me desavim
minha senhora
de mim
nunca dizendo comigo
o amigo nos meus braços
Comigo me desavim
minha senhora
de mim
recusando o que é desfeito
no interior do meu peito
Minha Senhora de Mim, Editorial Futura, 1974 - Lisboa, Portugal
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Maria Teresa Horta
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