sábado, 23 de maio de 2009
Baiser
Renverse-toi que je prenne ta bouche,
Calice ouvert, rouge possession,
Et que ma langue où vit ma passion
Entre tes dents s'insinue et te touche :
C'est une humide et molle profondeur,
Douce à mourir, où je me perds et glisse ;
C'est un abîme intime, clos et lisse,
Où mon désir s'enfonce jusqu'au coeur...
Poème de Lucie Delarue-Mardrus
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Laranjeira
São as laranjas brasas que mostram sobre os ramos
as suas cores vivas,
ou rostos que assomam
entre as verdes cortinas dos palanquins?
São os ramos que se balouçam, ou formas delicadas
por cujo amor sofro o que sofro?
Vejo a laranjeira que nos mostra os seus frutos:
parecem lágrimas coloridas de vermelho
pelos tormentos do amor.
Estão congeladas, mas, se fundissem, seriam vinho.
Mãos mágicas moldaram a terra para as formar.
São como bolas de cornalina em ramos de topázio,
e na mão do zéfiro há martelos para as golpear.
Umas vezes beijamos os frutos
outras cheiramos o seu olor,
e assim são alternadamente
rosto de donzelas ou pomos de perfume.
(António Borges Coelho - "Portugal na Espanha Árabe" - Vol. 1, pág. 242 - Edit. Caminho)
Amar é...
sorrir por nada e ficar triste sem motivos
é sentir-se só no meio da multidão,
é o ciúme sem sentido,
o desejo de um carinho;
é abraçar com certeza e beijar com vontade,
é passear com a felicidade,
é ser feliz de verdade!
(Albert Camus)
Gostar,
simplesmente gostar,
mas gostar intensamente a ponto da desilusão não conseguir acabar com o meu amor por ti.
E que gostar intenso !!!!!!!!!!!!!!!!!!!
quinta-feira, 21 de maio de 2009
quarta-feira, 20 de maio de 2009
desde o inicio luminoso
dos nossos corpos.
Fortalezas de praias que perdemos
e frutos que parecem ter guardado
a nossa respiração.
Um novo jardim sem muros
aquele claustro que soubemos
animar de nossos passos.
Pouso em ti um céu de estrelas
lábios com desejo de sal,
o mesmo luar de ontem
na noite, os olhos brilham
na ponta dos teus dedos,
as carícias tecem teias
os anjos riem de pé.
terça-feira, 19 de maio de 2009
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Vejo beijos de dois caminhantes.
Simples desconhecidos,
Outrora…
Mas agora… hum…
Agora caminham juntos
Navegam por entre mundos
Por entre a verdejante planície de alegrias…
Contam as historias do tempo
Cantam as cantigas do amor…
Ai esse amor…
Esse amor estrelado…
Viajado…
Felicitado…
Pelas passos de um rio abençoado
Nas margens da todos os reflexos coloridos…
Foram abraçados belos olhos do bosque…
De todos os seus seres encantados,
Adocicados,
Delicados,
Que transmitem o azul da tranquilidade,
O vermelho e o laranja do calor…
O rosa da felicidades,
O amarelo da luz que se tornaram um para o outro,
O branco dos sonhos encantados,
Mágicos,
Cintilantes.
De entre o bater cristalino,
Das águas debaixo da ponte,
Ouvem-se as vozes,
Dos seres do bosque,
Que cantam o fado dos amantes,
Que correm juntos e dançam um tango sobre a ponte.
A ponte dos amantes
É a nossa passagens para a outra margem…
Para um lado já existente,
Da nossa simples felicidade
Que passa pela pureza das almas cristalinas do rio…