segunda-feira, 31 de dezembro de 2012








Nesse instante em que escrevo...
Me pego a pensar nela...
Longe de mim...
No entanto em que estará pensando?
Quem sabe se a sonhar... debruçada à janela recorda do nosso amor, a sorrir de vez em quando!!
Ou terá tal como eu esse ar de alguém que vela um sonho que estivesse em nosso olhar flutuando?
Ou quem sabe se dorme, e adormecida e bela...
O luar beija-te os lábios, suave como uma brisa...
Invejaria o luar pelo seu feito...
É madrugada... estou sozinho...
Apenas eu e meus pensamentos nela...
Ela dorme talvez...
E não sabe que ao lado do seu leito...
A minha alma ronda de mansinho para não desperta-la...
Nem vê meu pensamento invadir teu quatro e na ponta dos pés...
Murmurar ajoelhado este verso de amor que compus pensando nela...
A mulher misteriosa e atraente dos meus sonhos... que torna as palavras uma canção de amor eterno.



sexta-feira, 28 de dezembro de 2012



Saudade é um sentimento que quando não cabe no coração, escorre pelos olhos.








quinta-feira, 27 de dezembro de 2012





Quem és tu que assim vens pela noite adiante,
Pisando o luar branco dos caminhos,
Sob o rumor das folhas inspiradas?

A perfeição nasce do eco dos teus passos,
E a tua presença acorda a plenitude
A que as coisas tinham sido destinadas.

A história da noite é o gesto dos teus braços,
O ardor do vento a tua juventude,
E o teu andar é a beleza das estradas.


quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

terça-feira, 25 de dezembro de 2012


BOM DIA !



sexta-feira, 21 de dezembro de 2012


O PINTOR
É hoje! Disse o Pintor, dirigindo-se para casa com uma enorme tela. Hoje vou pintar o Amor! Hoje vou pintar o Amor! … Repetia para si entre dentes, com um sorriso nervoso e obstinado na cara, enquanto caminhava com passos largos, como se marchasse para a mais longa e brava guerra. Hoje vou pintar o Amor! Dizia, subindo o lanço de escadas que o conduziam ao pequeno apartamento num primeiro andar, tão degradado, tão desprovido de tudo, mas que obstinadamente insistia em chamar casa.
Entrou e pendurou a enorme tela na parede. Era grande demais para um cavalete e grande demais para ele. Mas o Amor é grande, não é? Esta é a melhor tela para guardar o Amor. Foi tecida algures no Afeganistão. É do mais puro algodão, da mais formosa plantação. É branca e fina como a neve e suficientemente pura para guardar o Amor.
Sentou-se na única cadeira da única divisão da sua casa, a cerca de quatro metros da tela pendurada na parede. Fixou-a de várias posições. Abasteceu-se de café, para poder olhar melhor e manteve-se por horas seguidas a mirar a tela fixa na parede. Dizia para si: Hoje vou pintar o Amor! Mas por onde começo? Quais são as cores do Amor? Quais as formas que o definem?
Caiu a noite e o Pintor manteve-se agarrado à chávena de café, fixando obstinadamente a tela, branca como a neve, pura como a mais formosa donzela. É isso! Gritou de madrugada, assustando as baratas que se passeavam no lava-loiça. Pura como a mais formosa donzela, formosa como a mais pura donzela! Vestiu o casaco e saiu de casa, repetindo esta lenga-lenga na sua cabeça.
A noite estava a terminar e o céu era um campo de batalha, em que o laranja avançava impune em direcção ao negro. O Sol iria surgir e impor-se na escuridão dos céus. O pintor deambulava pelas ruas à procura de uma donzela pura com a cara do Amor e estava tão preocupado nos pormenores da sua busca que não se deteve no espectáculo do céu. No fogo da batalha entre a Luz e a Noite.
Na rua passavam outras pessoas, atarefadas com as suas vidas. Umas iam vender para o mercado, outras iam comprar, outras iam trabalhar, outras iam dormir. O pintor avançava demasiado preocupado para pensar nestes rostos.
Dirigiu-se para a rua mais movimentada da cidade. Entrou num café, sentou-se junto à janela com a melhor vista e pediu um abatanado. Manteve-se ali, sentado, a manhã toda. Abatanado atrás de abatanado fixava com interesse científico todas as jovens que por ali passavam. Nenhuma tinha rosto de Amor!
Levantou-se a saiu. Tropeçou num gato que apanhava os raios de Sol, esticado no meio da rua, a ronronar a quem passava. Não parou, pois o Amor não pode ter forma de gato à procura de calor e dono. Sentou-se no banco do jardim e pensou: O Amor não está no rosto de uma donzela! Pensou, então, o que seria esse Amor que ele queria pintar e que toda a sua vida lhe consumiu a inspiração. Nunca acabou nenhum quadro, pois nenhum deles tinha a perfeição e beleza dignas do Amor. Lembrou-se também que, ele próprio, nunca tinha amado ninguém. Nenhuma mulher possuía o corpo digno de ser desejado, a pureza digna de ser amada, por ele.
À sua frente brincavam duas crianças que, alegremente, riam e corriam atrás de um cão. O Pintor não olhou, nem sorriu. Obviamente que o Amor não está no sorriso de uma criança, nem na amizade de um cão. Dois pássaros cantavam por cima da sua cabeça, na copa de uma árvore. Discutiam apaixonadamente os pormenores de construção de um ninho. Mas o Pintor não ouviu, pois apenas tentava ouvir a voz do Amor, para poder pintá-la. O Amor não está no cantar de dois pássaros que constroem um ninho. Não senhor!
Lembrou-se então o Pintor que tinha encomendado a melhor tela para pintar o Amor, mas que talvez ele próprio não fosse digno dela … ou será que apenas não era digno do Amor?
Pronto! Está decidido! Não existe Amor! Disse o Pintor num grito de raiva que calou as crianças, parou o cão e afugentou os pássaros. Dirigiu-se de novo a casa decidido a pintar a vida. Não há Amor mas existe vida! Na palete colocou o verde, o vermelho, o amarelo, o preto e o branco. Fez um apanhado do dia e resolveu pintar o que se tinha passado à sua volta, quando obstinadamente procurava o rosto do Amor.
No cimo da tela pintou um céu cinzento-escuro e claro e, mais abaixo, acrescentou-lhe o laranja e misturou-o com o vermelho. Era a batalha de todas as alvoradas entre a Noite e o Sol. Mais abaixo, desenhou um prédio e no telhado, um gato preto com um olhar verde e profundo, sentado, a testemunhar a batalha dos céus. Ainda mais abaixo, numa das varandas do prédio, desenhou uma criança a sorrir com o braço esticado e um cravo na mão, a oferecê-lo a alguém que passava na rua. Ao lado da criança, noutra varanda havia roupa estendida numa corda, à espera do Sol que a iria aquecer.
No rés-do-chão do prédio, desenhou uma padaria e estava tão real que, quando vi o quadro, senti o cheiro do pão quente que os clientes que saíam da loja levavam nos sacos. Ao lado da Padaria, pintou uma Florista e à porta exibiu uns lindos malmequeres, ainda mais brancos e puros que a própria tela. Em frente às flores estava uma mulher, ligeiramente dobrada a cheirá-las. Na rua, desenhou um homem com uma pasta na mão, que acenava para a criança da varanda. Mais à direita do homem, estava um carrinho com um fogareiro a assar castanhas e um velho vendia-as a outro homem que passava. O fumo do fogareiro estava tão perfeito que logo imaginei aquele cheiro de castanhas assadas e quentinhas.
Acima do vendedor de castanhas e ao lado do prédio, pintou um parque com lindas árvores e num ramo colocou dois pássaros a construir um ninho. Parece que os oiço cantar, deste lado da tela. No meio do parque colocou dois velhos sentados num banco, que também olhavam o nascer do Sol. Ao lado dos velhos, um cão corria atrás de um gato e duas crianças avançavam de mochila às costas.
Acabou o quadro, afastou-se e pensou: Este é o mais bonito quadro que alguma vez pintei. Aqui está o Amor, não no rosto de uma jovem mulher, mas na vida que palpita das cores do dia, do rosto dos homens, nos cheiros da manhã e nas cores das flores.
Olhou para o relógio, na parede oposta à tela e notou que passara um dia desde o primeiro traço na tela. Tomou um banho, vestiu-se e saiu de casa decidido a ver os pormenores da vida, pois é neles que se manifesta o Amor. Disse boa tarde ao vizinho que encontrou nas escadas, saiu do prédio e acariciou um cão que passou por ele, na rua. Entrou no mesmo café onde tinha procurado o Amor, sentou-se e tomou o pequeno-almoço. Sorriu. Já não estava obstinado. Estava aliviado. Voltou a sair. O mesmo gato estava no mesmo sítio e ronronava da mesma maneira para as pessoas que passavam. Pegou no gato e levou-o para casa. Deu-lhe leite, lavou-o e baptizou-o de Marmelada.
Saiu de casa com uma pequena tela debaixo do braço, uma das muitas que antes achara indignas para albergar o Amor. Avançou calmamente para o mar. Sentou-se na muralha da praia e esperou. Quando no céu começou a surgir o laranja e o vermelho de mais uma batalha vencida pela noite, o Pintor pintou-o decidido a eternizar o descer do Sol no mar.

Esse foi o primeiro de muitos quadros que pintou, decidido a esquecer a essência do Amor e a pintar, apenas, as suas manifestações, o palpitar da vida.

(desconheço a autoria)

domingo, 9 de dezembro de 2012

Escada sem destino (20)




Um dos segredos da vida é fazer degraus com as pedras em que tropeçamos.
§§§



§§§

Galanteando e inspirando AMOR

§§§
(não vejo qual o problema, me diz????????_ comenta sff)

sábado, 8 de dezembro de 2012


Plumeria L. é um género botânico pertencente à família Apocynaceae








Vou procurar um amor bom para mim - no qual me reconheço e me reencontro, me refaço e me amplio, me exploro, me descubro - se minha imagem interior me levar a isso

O amor mais que tudo nos revela: manifesta nossas tendências, o que preferimos e escolhemos para nós

sábado, 1 de dezembro de 2012

!!!!!

Galanteando e inspirando AMOR
!!!!
cabeças pobres...

terça-feira, 27 de novembro de 2012






Tu já deves ter tido quem to diga:

Desde essa noite em que te conheci,

Têm feito prodígios, minha amiga,

Para me afastar de ti.



E o que me espanta é que essa gente

Que me tem convencido e conquistado,

Lembrando-me as loucuras de um passado

Que já me não pertence.



Se no passado há coisas dolorosas

Que um dia ouvidas nunca mais esquecem,

Filha, também as pedras preciosas

Andam por muitas mãos que as não merecem...



Calcula tu, que espíritos pequenos

E que mundo este!

julgavam que eu podia amar-te menos

Sabendo que sofreste...



segunda-feira, 26 de novembro de 2012



sapatos XXIII e MEIAS X XV







sábado, 10 de novembro de 2012


Ponte 25 de Abril...by night by Rui Cabeço




The Xiying Rainbow Bridge..By Calvin




Navio Escola Sagres_Portugal
























Navio Escola CUAUHTÉMOC_ México



quinta-feira, 8 de novembro de 2012


PdS by Carla Oliveira Photography 









terça-feira, 30 de outubro de 2012


SOLIDÃO



Igual a um passarinho aprisionado em uma
gaiola, que fica a admirar o sol, as árvores
e os ninhos que existem na natureza


Meu amor aprisionado, sonha com a sua
presença, suas lembranças, seus beijos,
sua imagem é presença constante em meu
pensamento, em noites mal dormidas, em
desejos que não posso realizar.


Te amo muito, mas há esse abismo entre
nós, que o destino colocou: sua família e
preconceitos, tudo isso nos afasta cada
vez mais, preciso não sentir essa angústia,
preciso me acostumar e aceitar o que o
destino nos reservou.


Ter um amor enterrado no coração e tão
distante de você.



domingo, 7 de outubro de 2012





sapatos XXII e MEIAS X XIV








sexta-feira, 5 de outubro de 2012






white Lion


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DEIXA-ME AMAR-TE



Deixa-me amar-te em meus silêncios,
Na calmaria do teu coração que me acolhe,
E de onde se desprendem meus sonhos,
Em voos etéreos de plena liberdade.


Deixa-me amar-te em minha solidão,
Ainda que meus labirintos te confundam,
E que teus fios generosos de compreensão
Emaranhem-se no tapete dos meus enigmas.


Deixa-me amar-te sem qualquer explicação
Na ternura das tuas mãos que me sorriem,
Escrevendo desejos em versos despidos
Na minha tez morena que te cobre e descobre


Deixa-me amar-te em meus segredos,
Para que desvendes o que também desconheço,
A alma dos meus abismos onde anoiteço.
E meus olhos adormecem embalados pelo mistério


Deixa-me amar-te em tuas demoras, longas horas.
Em que meu corpo se veste de céu à tua espera,
E minhas mãos em frenesi acendem estrelas
Para alumiar-te, ainda que ausente estejas…



quarta-feira, 3 de outubro de 2012


Há duas épocas na vida, infância e velhice, em que a felicidade está numa caixa de bombons.