segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

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Da tua voz

o corpo

o tempoDa tua voz

o corpo

o tempo já vencido

os dedos que me

vogam

nos cabelos

e os lábios que me

roçam pela boca

nesta mansa tontura

em nunca tê-los...

Meu amor

que quartos na memória

não ocupamos nós

se não partimos...

Mas porque assim te invento

e já te troco as horas

vou passando dos teus braços

que não sei

para o vácuo em que me deixas

se demoras

nesta mansa certeza que não vens


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