terça-feira, 18 de outubro de 2011

!!



Prendo-me a uma coisa simples. Pode
ser o teu rosto naquele vidro, que eu vi
e não mais esqueci.
Faço do tempo um parapeito. E
debruço-me nele, à tua espera, sentindo
na madeira o calor do teu peito.
Ergo na areia um castelo de enigmas. E
fecho-te na tua torre, a castelã que me ensinou
a entrar sem saber por onde sair.
(Mas para que hei-de sair
de onde quero ficar?)

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