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sexta-feira, 20 de abril de 2012





Noite aberta. 
A lua tropeça nos juncos.
Que procura a lua?
A raiz do sangue?
Um rio que durma?
A voz delirando
no olival, exangue?
Sonâmbula,
que procura a lua?
O rosto da cal 
que no rio flutua?


terça-feira, 27 de dezembro de 2011

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Sê paciente.
 Espera que a palavra amadureça e se desprenda como um fruto ao passar o vento que a mereça.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

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(¯`*•.¸(¯`*•.¸....¸.•*´¯)¸.•*´¯)


Tu és a esperança, a madrugada.
Nasceste nas tardes de setembro,
quando a luz é perfeita e mais dourada,
e há uma fonte crescendo no silêncio
da boca mais sombria e mais fechada.

Para ti criei palavras sem sentido,
inventei brumas, lagos densos,
e deixei no ar braços suspensos
ao encontro da luz que anda contigo.

Tu és a esperança onde deponho
meus versos que não podem ser mais nada.
Esperança minha, onde meus olhos bebem,
fundo, como quem bebe a madrugada.


sábado, 19 de fevereiro de 2011

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O Sorriso



Creio que foi o sorriso,
o sorriso foi quem abriu a porta.

Era um sorriso com muita luz
lá dentro,apetecia
entrar nele,tirar a roupa,ficar
nu dentro daquele sorriso.

Correr,navegar,morrer naquele sorriso.
de O Outro Nome da Terra





domingo, 12 de dezembro de 2010

\|



É urgente o amor,
É urgente um barco no mar.
É urgente destruir certas palavras
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos, muitas espadas.
É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.
Cai o silêncio nos ombros,
e a luz impura até doer.
É urgente o amor,
É urgente permanecer.

sábado, 6 de novembro de 2010

¨`*• (¨`·.·´¨) .•*´



Tudo porque tu ignoras
que há leitos por onde o frio não se demora
noites rumorosas de águas matinais

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

vvv




Húmido de beijos e de lágrimas,
ardor da terra com sabor a mar,
o teu corpo perdia-se no meu.




segunda-feira, 25 de outubro de 2010

¨`*• (¨`·.·´¨) .•*´



Quando em silêncio passas entre as folhas,
uma ave renasce da morte.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

»

»

Uma afloração da pele mais do que enredos do espírito

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

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As palavras

São como um cristal,
as palavras.

Algumas, um punhal,

um incêndio.

Outras,

orvalho apenas.


Secretas vêm, cheias de memória.

Inseguras navegam:

barcos ou beijos,

as águas estremecem.


Desamparadas, inocentes,

leves.

Tecidas são de luz

e são a noite.

E mesmo pálidas

verdes paraísos lembram ainda.


Quem as escuta? Quem

as recolhe, assim,

cruéis, desfeitas,

nas suas conchas puras?

Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,

cruéis, desfeitas,

nas suas conchas puras?

Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,

cruéis, desfeitas,

nas suas conchas puras?


terça-feira, 28 de setembro de 2010

A boca




A boca,

onde o fogo

de um verão

muito antigo


cintila,


a boca espera


(que pode uma boca

esperar

senão outra boca?)


espera o ardor

do vento

para ser ave,


e cantar.

quarta-feira, 4 de março de 2009





As palavras
.
São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
.
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.
.
Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.
.
Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?