terça-feira, 3 de junho de 2008


Um dia virás,
Tu-que-eu-não-sei-quem-és,
com leveza de gás
no silencio dos pés...
Um dia virás,
Tu-para-além-do-afago,
com o ruído que faz
o luar no lago...
Um dia virás,
Tu-por-quem-a-minha-voz-já-não-chama,
com as mãos de tenaz
e frio de chama...
Um dia virás
com asas nos tornozelos
por caminhos sem chão...
Sim,um dia virás
a deitar fogo aos cabelos
para te iluminar o coração.
Um dia virás!
Um dia virás!
José Gomes Ferreira

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