segunda-feira, 6 de julho de 2009

f

Tira-me a luz dos olhos; continuarei a ver-te.

Tapa-me os ouvidos; continuarei a ouvir-te.

E, mesmo sem pés, posso caminhar para ti.

E, mesmo sem boca, posso chamar por ti.

Arranca-me os braços e tocar-te-ei

Com o meu coração como com uma mão...

Despedaça-me o coração; e o meu cérebro baterá

E, mesmo que faças do meu cérebro uma fogueira

Continuarei a trazer-te no meu sangue.

1 comentário:

Ana Oliveira disse...

Este é um poeta especial...mesmo.

Beijos