sábado, 31 de outubro de 2009

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Saudade Navegante...


Tem sido a existência um vasto oceano

De fases inconstantes, de instabilidade;

Hoje, à deriva, flutuo na saudade,

Em abandono, a esmo, à nau do desengano...


Agora minhas horas vagueiam lentamente

E, após o entardecer, aumenta a agonia

Que torna o dia - noite -, transforma noite em dia;

Por sorte, existe a lua, a leal confidente,


Magia prateada que instiga a recordar,

Em ondas do passado me impele a navegar

No barco de quimeras deste arfante peito...


E, em tantos devaneios, me ponho a delirar

Que a névoa dos diáfanos raios de luar

Vem nos cobrir de sonho em nosso ardente leito...

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