quarta-feira, 20 de outubro de 2010

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I
É o
mar, meu amor,
na febre dos teus
olhos

é o manso fascínio
da onda que se inventa

É o mar, meu amor,
mestiço nos teus
olhos

é o mirto, o queixume
a mansidão tão lenta

II
É o
mar, meu amor,
o lastro dos sentidos
que afogas nos
olhos
sem nunca te afundares

É o mar, meu amor,
que transportas nos
olhos
e onde eu nado o tempo
sem nunca me encontrar


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