sexta-feira, 9 de maio de 2008

Vem, Serenidade!
vem cobrir a longa fadiga
vem sarar as feridas
vem dar alento a este ser
Vem, Serenidade
antes que a cólera
antes que a revolta
antes que a raiva
tomem conta de mim
Vem, Serenidade e defende-me
do engano silencioso de pensamentos
faz-me esquecer
os olhos que se deixaram amar
os lábios que se deixaram beijar
o corpo que não é meu
Vem, Serenidade
com o poder das ondas
com o cheiro das flores
com a paz do luar
com a luminosidade do sol
Vem, Serenidade
e faz com que consiga dar a ver a luz
em desfavor da escuridão

(Raul de Carvalho)

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