quinta-feira, 21 de agosto de 2008

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Estive sempre sentado nesta pedra
escutando, por assim dizer, o silêncio.
Ou no lago cair um fiozinho de água.
O lago é o tanque daquela idade
em que não tinha o coração
magoado.(Porque o amor, perdoa dizê-lo,
dói tanto! Todo o amor. Até o nosso,
tão feito de privação.) Estou onde
sempre estive: à beira de ser água.
Envelhecendo no rumor da bica
por onde corre apenas o silêncio.
(Eugénio de Andrade)

3 comentários:

kris disse...

o amor doi muito..quem me dera não amar....queria deixar de sentir...seria tão mais fácil

Bêju naft

NAFTAMOR // Melhoral disse...

Dói sim.
Não eu não quero deixar de sentir, pois até de mim já estive quase a não gostar.
Eu quero amar muito, mas hoje isto está mau.

Um beijo

kris disse...

eu também cheguei a esquecer-me de mim por causa deste amor...é errado...temos de gostar de nós, e muito, para termos forças e enfrentar tudo.

bêju