e
Precisava de dar qualquer coisa a uma qualquer pessoa.
Uma qualquer pessoa que a recebesse
num jeito de tão sonâmbulo gosto
como se um grão de lua lhe percorresse
com um dedo timido o oval rosto.
Uma qualquer pessoa de quem me aproximasse
e em silêncio dissesse: e' para si.
E uma qualquer pessoa, como um luar, nascesse,
e sem sorrir, sorrisse,
e sem tremer, tremesse,
tudo num jeito de tão sonâmbulo gosto
como se um grâo de luz lhe percorresse
com um dedo timido o oval rosto.
Na minha mão estendida dar-lhe-ia
o gesto de a estender,
e uma qualquer pessoa entenderia
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