terça-feira, 28 de julho de 2009

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Em ti o meu olhar fez-se alvorada
E a minha voz fez-se gorgeio de ninho…
E a minha rubra boca apaixonada
Teve a frescura pálida do linho…
Embriagou-me o teu beijo como um vinho
Fulvo de Espanha, em taça cinzelada…
E a minha cabeleireira desatada
Pôs a teus pés a sombra dum caminho…
Minhas pálpebras são cor de verbena,
Eu tenho os olhos garços, sou morena,
E para te encontrar foi que eu nasci…
Tens sido vida fora o meu desejo
E agora, que te falo, que te vejo,
Não sei se te encontrei… se te perdi…

1 comentário:

Ana Oliveira disse...

Naft

Boa tarde

Hoje eu pensava em faser um post com um poema da Florbela Espanca, até já sabia qual e tudo e afinal antecipaste-te...se tiver tempo faço na mesma.

Beijo
grande

Ana