sexta-feira, 6 de agosto de 2010

.

Os silêncios da fala

São tantos

os silêncios da fala


De sede

De saliva

De suor


Silêncios de silex

no corpo do silêncio


Silêncios de vento

de mar

e de torpor

De amor


Depois, há as jarras

com rosas de silêncio


Os gemidos

nas camas


As ancas

O sabor


O silêncio que posto

em cima do silêncio

usurpa do silêncio o seu magro labor.

Sem comentários: