quarta-feira, 4 de março de 2009





As palavras
.
São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
.
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.
.
Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.
.
Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?

1 comentário:

Ana Oliveira disse...

Naft

Bom dia.

As palavras sao como sinos, ouvem/se
esbatendo-se na distancia, permanecendo na lembranca.

Beijos

Ana